Os Quatro Pilares do Estudo Teológico

Estudo Bíblico

Teológia

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Autor: Nilson Sergio Lima

Profissão de Fé Cristão Evangélico a 15 anos, batista e e obreiro da 1ª Igreja Bastista em Mata Roma, pastoreio esta amada igreja a 6 anos. Formação acdêmica Bacharel em Administração Pública pela (UEMA). Servidor Público a mais 17 anos. Na área teológica, concludente do Curso de Capacitação Teológica pelo Centro de Treinamento Bíblico para Pastores – CTBP.  Portanto, nossas publicações buscar conciliar conhecimento e experiência para ajudar pessoas na sua vida espiritual.

Os Quatro Pilares do Estudo Teológico

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INTRODUÇÃO

Neste estudo, vamos explorar a temática “Os Quatro Pilares do Estudo Teológico” e destacar a Bíblia Sagrada como um livro verdadeiramente fascinante. Afinal, ela é a palavra de Deus revelada ao longo da história.

Na carta aos Hebreus, lemos: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hebreus 1:1). Esse versículo resume o papel central da Bíblia como registro divino.

Então, a Bíblia é uma coleção de 66 livros que, segundo A. Knight & W. Anglin (1983), documenta “a história da graça divina no meio dos erros dos homens”. Logo, cada página revela o amor e a misericórdia de Deus, que, através de múltiplas vozes, nos deixou sua vontade claramente registrada.

Portanto, Deus se revelou de várias maneiras ao longo do tempo, e a Bíblia pode ser estudada por diferentes métodos. No entanto, qualquer abordagem que adote, desde que fiel às Escrituras, nos guiará para as verdades de Cristo. Um exemplo disso é a história de Filipe em Atos dos Apóstolos, onde, ao explicar o profeta Isaías ao eunuco etíope, o levou à conversão e ao batismo cristão (Atos 8:26-39).

Neste estudo, vamos apresentar uma estrutura que oferece uma visão abrangente do plano de salvação, baseada em quatro pilares, a saber: Criação, Queda, Redenção e Consumação. 

De forma simples, mas profunda, essa abordagem será uma ferramenta valiosa para o seu crescimento na fé cristã.

 
 

1. CRIAÇÃO

A vida como a conhecemos teve seu princípio com as palavras hebraica “Bereshit Bara Elohim”. Bem como, estão registrada no livro de Gênesis 1:1, transliterado para a língua portuguesa, ou seja,  traduzida “No princípio criou Deus”.

Além disso, o que se segue é a vontade do criador na sua obra de criação, fazendo todo o exército tanto do céus, quanto da terra em seis dias consecutivos, onde miraculosamente lemos os “disse” criativos de Deus e sua soberana vontade se cumprindo “bom” “e muito bom”.

“Disse: “Haja luz. E houve luz (primeiro dia); […]; Haja uma expansão e assim foi (segundo dia)[…]; Ajuntem-se as águas e assim foi; […];  produza a terra  erva, erva dando sementes e assim foi (terceiro dia) […]; Haja luminares  e assim foi(quarto dia)  […]; Produzam as águas abundantemente … e as águas abundantemente produziram conforme suas espécies (quinto dia) […]; Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie e assim foi[…] Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (sexto dia […]. (Gênesis 1:3-26   

Nestes aspectos, destacamos o sexto dia, devido a criação do homem à imagem e semelhança de Deus. Bem como, sendo o homem a coroa da sua criação.

2. QUEDA

O ser humano foi criado a imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26) fazendo assim, o Senhor um ser que pudesse se relacionar com Ele e inclusive preparou todo ambiente para que acontecesse essa relação. 

Então, o criador plantou um jardim com todo tipo de arvore agradável boa para comida e pôs também no meio do jardim a arvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:8); Entretanto, proibindo-os de comer do fruto do conhecimento do bem e do mal plantado no meio do jardim, com a advertência que no dia que comesse morriam (Gn 2:15-16).

Nestes aspectos, as escrituras ainda nos dão a entender que o Senhor vivia com suas criaturas em plena comunhão, pois, passeava no jardim pelas virações do dia (Gn 3:8), mantendo uma relação perfeita com Adão e Eva. 

No entanto, algo estava diferente, pois, o relacionamento tinha sido quebrado; devido, Adão e Eva se esconderam do seu Senhor ao ouvirem sua voz, algo que era tão natural e prazeroso e vinculo de seu relacionamento com suas criaturas. 

Entretanto, agora lhes causavam medo e temor de seu Deus, como se vê até os dias de hoje, onde muitos se escondem, inventando desculpas, quando são convidados ao ouvir a palavra do Senhor por meio das Escrituras Sagradas.

Afinal, o que poderia ter acontecido? Chamando Deus a Adão ONDE ESTÁS? Estavam escondidos, porque lhes abriram os olhos e viram que estavam nus e se esconderam o homem com sua mulher. Então, o que o Criador lhes perguntou: Quem te fez saber que estavas nus? Comestes da arvores que foi proibido? (Gn 3:8-11).

Definitivamente, a serpente que era mais astuta que todos os animais criado pelo Senhor enganara Eva, fazendo com que a mesma tivesse desejo pelo fruto proibido plantado no meio do Jardim “a fruta do conhecimento do bem e do mal”. Assim, pela astucia do engano, Eva comeu e experimentou com Adão do maior mal que assola toda a humanidade – o pecado.

Neste sentido, as implicações foi o que a bíblia chama de morte espiritual que é a separação, ou seja, perda de comunhão com o criador e, consequentemente quebra de relacionamento com o mesmo. 

Além disso, trouxe uma série de resultados negativos, característica própria do pecado, visivelmente vista pela queda do homem. Bem como, começaram a inventar desculpas ao invés de assumir seus erros, com um agravante, passaram a acusar os outros ao invés de assumir suas responsabilidades. Logo, pondo em parte a culpa sobre o próprio criador, quando Adão disse “A mulher que me deste”.

Portanto, as consequência da desobediência passaram para seus descendentes e após Adão e Eva serem expulsos do Jardim do Éden (Gn 3:24), tiveram seus primeiros filhos, Caim e Abel (Gn 4:1-2) que resultou no primeiro homicídio registrada na história da humanidade (Gn 4:8).

Ainda, lemos no livro de Gênesis o quanto o pecado trouxe sérios problemas de ordem moral e espiritual que Deus intentou destruir da face da terra o homem e tudo que criara, devido a maldade de seus pensamentos e coração (Gn 6:5-7).

3. REDENÇÃO

Depois da queda, o homem passou a viver em um estado deplorável de nítida miséria e estaria lançado a sorte da condenação do inferno. Todavia, pela graça divina, o Senhor usa de grande misericórdia com Adão e Eva e com toda raça humana que estavam mortos em seus delitos e pecados.

Nestes aspectos, promete um salvador que os remisse e que venceria o inimigo da alma humana, a saber Satanás, o tentador personificado na figurada da serpente (Gn 3:15) que levou Eva a pecar e consequentemente a Adão.

Ainda, este remidor viria da semente da mulher e travaria uma guerra contra a serpente. Bem como, a semente da mulher seria ferido no calcanhar.

Neste sentido, a semente da mulher não poderia ser outra pessoa, senão Jesus Cristo, que foi crucificado. Contudo, ressuscitou ao terceiro dia e este por sua vez feriu a serpente na cabeça, ou seja, com sua vitória na cruz do calvário derrotou definitivamente a Satanás. Bem como, toda hoste da maldade e pela fé aos que crerem, concede aos mesmos a vitória alcançado por Jesus Cristo.

Portanto, as Escritura são ricas em textos que nos apontam sobre estes fatos, sobretudo no Novo Testamento “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”; I Coríntios 1:30.

Além disso, o apóstolo Paulo, faz um paralelo entre Jesus e Adão e os contrastes são evidentes:

Em Adão há transgressão <=> em Cristo o dom gratuito ( Rm 5:15 );

Em Adão há condenação <=> em Cristo a justificação ( Rm 5:16 );

Em Adão há morte e inimizade <=> em Cristo vida e paz ( Rm 5:17 );

Em Adão há ofensa <=> em Cristo justiça ( Rm 5:18 );

Adão há desobediência <=> em Cristo obediência ( Rm 5:19 );

Neste sentido cabe conceituarmos o que é redenção?

Redenção é um conceito encontrado no Antigo Testamento, também  chamado  remissão  ou resgate,  para  expressar  a  ação de  um  parente  em  tornar  livre um  membro  de  sua  família (2 REIS 4:1-7) ou comprar  de  volta  sua  propriedade (Lv  25.25ss) – (RUTE),  ou,  de  modo  geral, adquirir alguma coisa por determinado  preço. 

Neste sentido, a partir do pecado o homem é considerado como um escravo “vendido sob o pecado” (Rm 7.14). Claramente, essa verdade encontramos a partir do AT e fica claro que o pecado separa o povo de Deus, ou seja, morte espiritual causa pela desobediência no Éden.

Entretanto, mediante o seu sacrifício, o Senhor Jesus efetua a nova aliança que é o resgate do homem com o preço do seu sangue na cruz do calvário.

Logo, a redenção tem um objetivo, claro e específico. Certamente, é nos levar para o céu, para Deus nosso criador.

Uma coisa importante para o cristão saber é que o pagamento que Cristo fez não foi pago a Satanás, mas a Deus – Jesus veio satisfazer a Justiça Divina. A dívida espiritual do homem não é com Satanás, mas com Deus. Satanás não tem nenhum direito sobre o pecador, este nada lhe deve. O débito que precisa ser pago é a favor da justiça de Deus.. Esse débito é humanamente impagável só Jesus poderia fazê-lo. (Shedd)

 

5. CONSUMAÇÃO

A consumação é o desfecho glorioso da obra de salvação realizada pelo Deus triúno, conforme revelado nas Escrituras Sagradas. Além disso, cabe ressaltarmos que esse tema percorre toda a Bíblia, iniciando-se no livro de Gênesis, no Antigo Testamento, e culminando no livro do Apocalipse, no Novo Testamento. 

Então, a consumação marca o fim de todo mal, resultante da entrada do pecado no mundo.

Nestes aséctos, o Apocalipse nos oferece uma visão clara desse fim, onde o julgamento final se realiza. Bem como, Satanás, seus anjos, a besta, o falso profeta, e todos aqueles que não forem encontrados no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo, sofrendo tormentos eternos (Mateus 25:41; Apocalipse 20:10, 15; 21:8). 

Assim, esse evento simboliza a derrota definitiva do mal e a justiça perfeita de Deus e a partir desse julgamento, dá-se início à nova criação, uma vida eterna prometida por Deus Pai, em Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo. 

Ainda, a nova Jerusalém descerá dos céus, e Deus habitará com Seu povo, enxugando toda lágrima, eliminando a morte, a dor e o sofrimento para sempre (Apocalipse 21:1-4).

Logo, essa nova vida é a herança prometida àqueles que, ao longo dos séculos, creram e confiaram na eterna palavra de Deus. Eles participarão da vitória final, reinando com Cristo em um reino de paz e justiça sem fim (2 Timóteo 2:12; Apocalipse 22:5).

Portanto, a consumação não é apenas o fim, mas o início de uma nova era, onde todas as promessas de Deus se cumprem plenamente. É o momento em que a criação será restaurada à sua perfeição original, e o propósito eterno de Deus será realizado em toda a sua plenitude.

Considerações Finais

Apresentamos a você amado irmão os quatros pelares da teologia para uma melhor elucidação da revelação bíblica para entendermos o ponto de partida do plana de Salvação na história da humanidade pela realização de uma tríplice obra do Deus triúno; onde Deus Pai elege (Ef 1:4-6); Deus filho redime (Ef 1:7-12) e Deus Espírito Santo sela (Ef 1:13-14).

De acordo com Tiago Santos (2013):

Os quatro grande pilares da teologia sistemática são Criação, Queda, Redenção e Consumação […] Estes temas sumariam o grande esquema da teologia e têm o propósito de levar o estudioso a compreender o plano e as ações de Deus na história da humanidade, conforme revelado nas Escrituras Sagradas.

Nestes aspectos, dentro deste vasto universo da revelação bíblica nos propomos ao estudo dos 4 Aspectos da Obra de Cristo, que ajudará na compreensão no que Deus em Cristo na direção do Espírito Santo fez, está fazendo e ainda vai fazer.

Por fim, deixo disponível o link onde você poderá acessar a “Revista Fé para hoje e fazer a leitura gratuitamente de forma mais abrangente sobre Criação, Queda, Redenção e Consumação.

Referências

REFERÊNCIAS

BÍBLIA DE ESTUDO NVI. São Paulo: Editora Vida, 2013.

[1] https://www.bibliaonline.com.br/aa/rm/3

 

 Bíblia Sagrada. Hebreus 1:1. Disponível em https://www.bibliaonline.com.br. Acesso em: 02/10/2018

MOCK, Dennis J. Panorama do Novo Testamento. Bible Training Centre For Pastors. Atlanta, Georgia, EUA. Abril de 1989.

NICHOLS, Robeit Hastings. História da Igreja Cristã.  11“ edição São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 2000

[1] Bíblia Sagrada. Hebreus 1:1. Disponível em https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/1. Acesso em: 02/10/2018

[2] Bíblia Sagrada. Gálatas 4:4. Disponível em https://www.bibliaonline.com.br/acf/gl/4/4+. Acesso em: 02/10/2018

[3] https://www.bibliaonline.com.br/aa/rm/3

[4] https://www.bibliaonline.com.br/aa/gl/3/24+

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