Livro de Levítico

Estudos

Bíblico e Teológico

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Autor: Nilson Sergio Lima

Profissão de Fé Cristão Evangélico a 15 anos, batista e e obreiro da 1ª Igreja Bastista em Mata Roma, pastoreio esta amada igreja a 6 anos. Formação acdêmica Bacharel em Administração Pública pela (UEMA). Servidor Público a mais 17 anos. Na área teológica, concludente do Curso de Capacitação Teológica pelo Centro de Treinamento Bíblico para Pastores – CTBP.  Portanto, nossas publicações buscar conciliar conhecimento e experiência para ajudar pessoas na sua vida espiritual.

Livro de Levítico

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Introdução

Neste artigo, abordamos sobre o Livro de Levítico, o terceiro livro do Pentateuco que é um dos textos mais ricos e, ao mesmo tempo, complexos da Bíblia Sagrada. Escrito em hebraico e atribuído a Moisés, este livro estabelece as leis e os regulamentos dados por Deus ao povo de Israel, focando principalmente no culto e na santidade.

Além disso, o livro de Levítico é mais do que um manual de leis antigas; ele revela a importância da santidade de Deus e o caminho que o ser humano deve seguir para viver de acordo com a vontade divina.

Neste estudo, vamos explorar de forma didática e clara os aspectos centrais de Levítico, analisando o título, autor, data e local de sua escrita, além do tema principal, à luz das línguas originais, especialmente o hebraico.

1. Título do Livro: Levítico

O título “Levítico” deriva do termo grego “Leuitikon,” que significa “relativo aos levitas.” Além disso, os levitas eram a tribo responsável pelo serviço sacerdotal e pela manutenção do culto.

No entanto, antes de analisarmos o grego, é importante considerar o título em hebraico, que é “Vayikra” (וַיִּקְרָא), traduzido como “E Ele chamou.” Este título vem diretamente da primeira palavra do livro e reflete o chamado de Deus a Moisés para transmitir as leis ao povo de Israel. O livro, portanto, não trata apenas dos sacerdotes, mas de toda a nação de Israel, chamada a ser santa.

Logo, o nome hebraico destaca o ato de Deus chamar o Seu povo para viver em santidade. Bem como, lemos em Levítico 19:2, Deus ordena: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Afinal, o conceito de santidade permeia todo o livro, enfatizando a separação e consagração do povo de Israel para servir ao Senhor.

2. Seu Autor: Moisés, o Intermediário entre Deus e o Povo

Tradicionalmente, a autoria de Levítico é atribuída a Moisés, conforme a ortodoxia cristã e judaica. A narrativa do Pentateuco aponta que Moisés foi o mediador entre Deus e o povo, recebendo diretamente do Senhor as leis que estão registradas no livro. Em Levítico 1:1, lemos: “E chamou o Senhor a Moisés, e falou com ele da tenda da congregação.”

Portanto, Moisés desempenha o papel de profeta e líder, e o livro é visto como uma continuação das instruções dadas a ele no Monte Sinai. Além disso, a teologia ortodoxa sustenta que Moisés registrou as palavras e mandamentos de Deus com fidelidade, tornando Levítico parte integrante da Torá, que é central tanto na tradição judaica quanto cristã.

3. Data que Foi Escrito: Durante o Êxodo

O livro de Levítico foi escrito durante o período do êxodo, após a libertação do Egito e enquanto o povo estava acampado no deserto. Assim, o evento do êxodo é datado por volta do século XIII a.C., e Levítico teria sido registrado logo após a entrega das Tábuas da Lei no Monte Sinai, aproximadamente no mesmo período.

Esse contexto histórico é crucial para entender as leis e regulamentos de Levítico. Afinal, o povo de Israel havia saído de uma terra de escravidão e agora era chamado a viver como uma nação santa, separada dos costumes pagãos das nações vizinhas. Então, Levítico fornecia a estrutura para que os israelitas mantivessem um relacionamento adequado com Deus e entre si.

4. Local que Foi Inscrito: Deserto do Sinai

O local tradicionalmente aceito para a inscrição de Levítico é o deserto do Sinai, onde o povo de Israel permaneceu por cerca de um ano após a saída do Egito. Durante esse tempo, Deus deu a Moisés as instruções sobre como o tabernáculo deveria ser construído e como os israelitas deveriam adorar a Deus.

Neste sentido, Levítico 27:34 confirma o local: “São estes os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai.” O Monte Sinai é, portanto, o local onde Deus estabeleceu Sua aliança com Israel e deu ao povo as leis que definiriam sua conduta como uma nação santa.

Além disso, a localização geográfica do Sinai também reflete a transição espiritual e física do povo de Israel, saindo da escravidão para uma nova identidade como o povo escolhido de Deus.

5. Assunto ou Tema Principal: Santidade e Sacrifício

O Livro de Levítico tem 27 capítulos e 859 versículos e o tema principal de Levítico é a santidade. O livro pode ser dividido em duas grandes seções: as leis de sacrifícios (Levítico 1-17) e as leis de pureza e santidade (Levítico 18-27). Ambas as seções estão interligadas pelo conceito de que Deus é santo e exige que Seu povo também seja santo.

Os primeiros capítulos de Levítico detalham os sacrifícios que deveriam ser oferecidos para expiação de pecados, comunhão com Deus e gratidão. O sacrifício era uma forma de restaurar o relacionamento entre Deus e o homem, que havia sido rompido pelo pecado.

No hebraico, a palavra para sacrifício é “korban” (קָרְבָּן), que significa “aproximar-se.” Cada sacrifício tinha um propósito específico, como o holocausto (Levítico 1), que simbolizava a dedicação total a Deus, ou a oferta pelo pecado (Levítico 4), que expiava os pecados não intencionais.

Além dos sacrifícios, Levítico também estabelece leis sobre pureza ritual, que incluíam o que era considerado impuro no contexto de alimentação, doenças e interações sociais.

Essas leis, embora pareçam restritivas, serviam para ensinar o povo de Israel sobre a pureza espiritual e a santidade exigida por Deus. Em Levítico 11:44-45, Deus declara: “Eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo.”

Outro tema importante é o Dia da Expiação, ou Yom Kippur, descrito em Levítico 16. Nesse dia, o sumo sacerdote oferecia sacrifícios pelos pecados de todo o povo, simbolizando a necessidade de expiação e reconciliação com Deus.

Portanto, o Yom Kippur é um dos rituais mais solenes da religião judaica e aponta, no cristianismo ortodoxo, para a obra redentora de Cristo, o qual, com Seu sacrifício, cumpriu de forma perfeita o propósito dos sacrifícios levíticos.

Considerações Finais

O Livro de Levítico, apesar de ser repleto de leis cerimoniais e morais, é essencial para entender o caráter de Deus e Sua exigência de santidade para o Seu povo. 

Além disso, a mensagem de Levítico transcende as fronteiras culturais e históricas, pois seu chamado à santidade é reiterado por Jesus Cristo e pelos apóstolos no Novo Testamento. Bem como, lemos em 1 Pedro 1:16 “Sede santos, porque eu sou santo,” ecoando Levítico 19:2.

Neste sentido, como cristãos, somos chamados a viver em santidade, oferecendo nossas vidas como um sacrifício vivo (Romanos 12:1), tal como os israelitas eram chamados a se aproximar de Deus através dos sacrifícios e da obediência às Suas leis. 

Portanto, Levítico nos ensina que a santidade não é opcional, mas é o padrão de vida que Deus espera de Seu povo.

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