A Paixão e Crucificação
Estudo
Bíblico e teológico

Autor: Nilson Sergio Lima
Profissão de Fé Cristão Evangélico a 15 anos, batista e e obreiro da 1ª Igreja Bastista em Mata Roma, pastoreio esta amada igreja a 6 anos. Formação acdêmica Bacharel em Administração Pública pela (UEMA). Servidor Público a mais 17 anos. Na área teológica, concludente do Curso de Capacitação Teológica pelo Centro de Treinamento Bíblico para Pastores – CTBP. Portanto, nossas publicações buscar conciliar conhecimento e experiência para ajudar pessoas na sua vida espiritual.
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Introdução
Neste estudo, sob o título “A Paixão e Crucificação” analisamos os acontecimentos da Sexta-feira Santa, um dos dias mais solenes dia na tradição cristã, que marca a Paixão e Crucificação de Jesus Cristo.
Neste sentido, na tradição cristã esta sexta-feira é um momento de profunda reflexão sobre o sacrifício redentor de Cristo.
Este artigo explora os eventos da Paixão e Crucificação conforme descritos em Mateus 27:1-66 e Marcos 15:1-47 entre outros, destacando os aspectos bíblicos e teológicos desses acontecimentos.
Além disso, traçamos os fatos ocorridos em ordem cronológica para melhor acompanhamento da paixão e crucificação de Jesus Cristo.
A Paixão de Cristo (Mateus 27:1-56; Marcos 15:1-41):
Contextualização Bíblica:
1. Contextualização Bíblica
A narrativa da Paixão de Cristo descreve os eventos finais de Sua vida terrena, começando com Sua entrega a Pilatos pelos líderes religiosos judeus (Mateus 27:1-2; Marcos 15:1). O julgamento foi marcado por pressão política e injustiça, culminando na condenação de Jesus à crucificação, mesmo sem evidências concretas de culpa (Mateus 27:24-26).
Os momentos que precedem a crucificação incluem a flagelação brutal, a zombaria com a coroação de espinhos (Mateus 27:27-31; Marcos 15:17-20) e o peso literal e simbólico da cruz durante a caminhada até o Calvário. Simão de Cirene é chamado a ajudar a carregar a cruz (Mateus 27:32), destacando a fragilidade do corpo humano de Jesus, esgotado pela tortura.
No Calvário, Jesus é pregado na cruz entre dois ladrões (Mateus 27:38), e eventos sobrenaturais, como a escuridão sobre toda a terra (Mateus 27:45) e o véu do templo sendo rasgado (Mateus 27:51), acompanham Sua morte. Esses sinais apontam para a magnitude espiritual e cósmica do evento.
2. Significado Teológico
A. O Amor Sacrificial de Cristo
A Paixão representa o ápice do amor de Deus pela humanidade. Romanos 5:8 afirma: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” O sacrifício de Cristo é uma expressão perfeita e completa desse amor, reafirmando o plano de redenção.
B. Cumprimento das Profecias
Os eventos da Paixão e Crucificação cumprem profecias messiânicas do Antigo Testamento. Isaías 53:3-7 fala do Servo Sofredor que foi “desprezado e rejeitado”, “ferido por nossas transgressões”. O Salmo 22:16-18 descreve detalhes impressionantes, como as mãos e pés sendo perfurados e as vestes sendo divididas, prefigurando os acontecimentos do Calvário.
C. A Substituição Penal
A doutrina do substitucionismo penal afirma que Jesus tomou sobre si o castigo que era destinado aos pecadores. Ele sofreu a pena da justiça divina para redimir a humanidade. Isaías 53:5 diz: “O castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” Essa ideia é reforçada em 2 Coríntios 5:21: “Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” A cruz se torna o lugar onde a ira justa de Deus é satisfeita e a reconciliação com os pecadores é realizada.
D. A Morte Vicária
A morte vicária foca no caráter substitutivo do sacrifício de Cristo. “Vicário” significa “substituto”, e Jesus é o substituto perfeito que morreu em lugar dos pecadores. Essa doutrina é fundamentada em João 10:11: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” Ele não apenas tomou nosso lugar em termos de penalidade, mas entregou Sua vida voluntariamente para que a humanidade pudesse receber vida eterna.
A morte vicária sublinha o grande custo da salvação, mas também a profundidade do amor de Deus, que enviou Seu Filho para ser o Salvador do mundo (João 3:16). É um lembrete de que Cristo enfrentou, em nosso lugar, tanto o sofrimento físico quanto a separação espiritual de Deus, ao clamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46).
E. Reconciliação com Deus
O rasgar do véu do templo (Mateus 27:51) simboliza a remoção da barreira entre Deus e a humanidade. Antes, apenas o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. Agora, pelo sacrifício de Cristo, todos podem se aproximar de Deus com confiança (Hebreus 10:19-20). Sua morte estabeleceu uma nova aliança, tornando possível a reconciliação eterna.
F. Triunfo e Obra Consumada
A declaração de Jesus: “Está consumado” (João 19:30) confirma que Sua missão foi plenamente cumprida. Ele venceu o pecado, a morte e o poder das trevas. O sacrifício único de Cristo, como descrito em Hebreus 9:28, satisfaz plenamente as exigências de Deus, proporcionando salvação para todos os que creem.
Aplicação Pedagógica:
A. Reflexão sobre o Sacrifício
Os educadores podem usar Isaías 53 e 2 Coríntios 5:21 para explorar a profundidade do sacrifício de Cristo. A cruz não é apenas um símbolo de sofrimento, mas também de vitória e redenção.
B. Explicação da Morte Vicária
Incentive os alunos a refletirem sobre o significado de Jesus ter tomado o lugar da humanidade. João 10:11 e Gálatas 3:13 podem servir como bases para discutir como Cristo se tornou maldição por nós para nos redimir.
C. Renovação do Compromisso
Use Romanos 12:1 para desafiar os ouvintes a viverem em resposta ao sacrifício de Cristo, entregando suas vidas como um ato de adoração e serviço.
Cronologia da Paixão e Crucificação de Cristo
1. Madrugada (aproximadamente 3h00 – 6h00)
- Julgamento Religioso
Passagens: Mateus 26:57-68; Marcos 14:53-65
Jesus é levado à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde enfrenta falsas acusações e testemunhos inconsistentes. Ele é acusado de blasfêmia após afirmar ser o Filho de Deus. Durante esse tempo, Pedro nega Jesus três vezes (Mateus 26:69-75).
2. Manhã Inicial (aproximadamente 6h00)
Entrega a Pilatos
Passagens: Mateus 27:1-2; Marcos 15:1-2
Ao amanhecer, os líderes religiosos entregam Jesus ao governador romano, Pôncio Pilatos, buscando a sentença de morte. Pilatos questiona Jesus sobre ser “Rei dos Judeus”, mas não encontra culpa que mereça a morte.Pilatos Envia Jesus a Herodes
Passagem: Lucas 23:6-12
Pilatos descobre que Jesus é da jurisdição de Herodes e O envia a ele. Herodes, curioso, espera ver milagres, mas Jesus permanece em silêncio. Herodes e seus soldados zombam Dele e O devolvem a Pilatos.
3. Manhã Avançada (aproximadamente 7h00 – 8h00)
Condenação Final por Pilatos
Passagens: Mateus 27:15-26; Marcos 15:6-15
Pilatos oferece libertar Jesus ou Barrabás, mas a multidão influenciada pelos líderes religiosos escolhe libertar Barrabás. Apesar de lavar as mãos em sinal de inocência, Pilatos ordena que Jesus seja crucificado.Flagelação e Zombaria
Passagens: Mateus 27:27-31; Marcos 15:16-20
Jesus é açoitado brutalmente, vestido com um manto púrpura e recebe uma coroa de espinhos. Os soldados zombam Dele, chamando-O de “Rei dos Judeus”.
4. Caminho ao Calvário (aproximadamente 8h00 – 9h00)
- Via Dolorosa
Passagens: Mateus 27:32; Marcos 15:21; Lucas 23:26-32
Jesus carrega a cruz até que Simão de Cirene é forçado a ajudá-lo devido à exaustão. No caminho, Jesus encontra mulheres que choram e profetiza sobre Jerusalém.
5. Crucificação (Início às 9h00 – “A Terceira Hora” no Tempo Judaico)
Jesus é Pregado na Cruz
Passagens: Mateus 27:33-38; Marcos 15:22-28; Lucas 23:33-34
Jesus é crucificado no lugar chamado Gólgota, entre dois ladrões. Suas primeiras palavras na cruz são: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34)Zombaria na Cruz
Passagens: Mateus 27:39-44; Marcos 15:29-32
Os líderes religiosos, soldados e até um dos ladrões zombam Dele, desafiando-O a descer da cruz.
6. Meio-dia (12h00 – “A Sexta Hora”)
- Escuridão Sobre a Terra
Passagens: Mateus 27:45; Marcos 15:33; Lucas 23:44
Do meio-dia até às 15h00, uma escuridão sobrenatural cobre a terra, simbolizando a gravidade do momento em que Jesus leva sobre Si os pecados do mundo.
7. Morte de Jesus (15h00 – “A Nona Hora”)
Últimas Palavras e Morte
Passagens: Mateus 27:46-50; Marcos 15:34-37; Lucas 23:46; João 19:30
Jesus clama: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46) e entrega Seu espírito dizendo: “Está consumado.” (João 19:30)Eventos Sobrenaturais
Passagens: Mateus 27:51-54
O véu do templo se rasga de alto a baixo, a terra treme, e muitos túmulos são abertos, testemunhando o impacto cósmico da morte de Cristo. O centurião romano declara: “Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.”
8. Sepultamento (tarde de Sexta-feira)
- José de Arimateia Cuida do Corpo de Jesus
Passagens: Mateus 27:57-61; Marcos 15:42-47; João 19:38-42
José de Arimateia, membro do Sinédrio e seguidor secreto de Jesus, pede a Pilatos o corpo de Cristo. Ele o sepulta em um túmulo novo, acompanhado por Nicodemos e algumas mulheres.
Significados Teológicos Destacados
O Amor Sacrificial e a Morte Vicária Jesus tomou o lugar da humanidade, morrendo vicariamente pelos pecados. Ele entregou Sua vida voluntariamente (João 10:11), cumprindo Isaías 53:5: “O castigo que nos trouxe paz estava sobre ele.”
Substituição Penal Cristo sofreu a pena que era destinada aos pecadores, satisfazendo a justiça divina (2 Coríntios 5:21). Sua morte na cruz foi o pagamento completo pelos nossos pecados.
Reconciliação com Deus O rasgar do véu do templo (Mateus 27:51) simboliza o acesso direto a Deus. Por meio de Cristo, temos plena comunhão com o Pai (Hebreus 10:19-20).
Cumprimento das Profecias Desde Isaías 53 até o Salmo 22, os eventos da Paixão e Crucificação confirmam o plano soberano de Deus para a salvação.
Esperança de Ressurreição Apesar da dor e sofrimento, a morte de Jesus aponta para a vitória final sobre a morte, que será evidenciada na ressurreição.
Considerações finais
Finalizando, o estudo sobre “A Paixão e Crucificação de Cristo” aprendemos que estes fatos transcendem os eventos históricos para se tornarem a base da fé cristã.
Além disso, esses eventos biblicos e teológicos revelam o amor incondicional de Deus, o preço da redenção e a vitória sobre o pecado.
Nestes aspectos, a doutrina da morte vicária nos chama a compreender a profundidade do sacrifício de Cristo, enquanto a substituição penal explica como Sua morte satisfez a justiça divina.
Neste sentido, ao refletir sobre esses acontecimentos, somos chamados a responder com fé, gratidão e adoração. Assim, que o sacrifício de Cristo inspire uma vida transformada, marcada pela esperança da salvação e pela certeza do amor de Deus.
Portanto, que a sexta-feira da paixão e crufificação inspire uma adoração mais profunda, uma gratidão mais intensa e uma compreensão renovada da esperança que brota da cruz de Cristo.
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