O processo de educação exige que se ensine o caminho correto e que se repreenda os possíveis erros. Pais responsáveis não apenas estarão interessados no sucesso dos filhos, mas em corrigi-los diante dos desvios de conduta. Um filho necessita de limites, aprendendo com os pais que suas escolhas devem ser ponderadas para serem dignas de honra diante de Deus. 

Os pais que escolhem não disciplinar seus filhos cometem uma omissão, colocando em risco o futuro da criança ao privá-la de desenvolver uma clara consciência do que é correto. A correção cumpre um papel didático, no qual a conduta certa é enaltecida e o erro é exposto como mau. 

Entretanto, mais do que atrapalhar o ensino da verdade, a falta de disciplina demonstra que os pais estão sendo negligentes no amor, pois não estão considerando as consequências que o pecado pode gerar na vida de um filho. Um coração indisciplinado aprenderá a amar o erro, submetendo-se constantemente aos caprichos da própria vontade, de maneira que não haverá consciência de valor acerca da grandeza de Deus, a importância da família e o dever de abençoar outras pessoas. 

No Novo Testamento, Deus é apresentado como um pai amoroso que se dispõe a disciplinar seus filhos. O Senhor nos disciplina não por maldade, mas por amor, para que sejamos conduzidos à verdade.
Assim, as Escrituras afirmam “Deus nos disciplina para o nosso bem, para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10). 

Esse foi o motivo pelo qual Jesus repreendeu os discípulos em suas
falhas, seja nos erros coletivos (Mt 19.14) ou particulares (Mc 8.33). Pais que aspiram abençoar os filhos devem refletir a natureza de Deus ao praticar uma disciplina amorosa que visa instruir a criança. Desta forma, a disciplina familiar deve ter a finalidade de corrigir a rota errada e nos condicionar a seguir pelo caminho da justiça. 

Inicialmente, a disciplina pode até ser considerada algo desafiador para pais e filhos, porém, o seu resultado gerará frutos de justiça que resultarão no amadurecimento de valores para toda a vida. A disciplina não visa a nossa dor, mas o fortalecimento de virtudes, de maneira que possamos aprender a valorizar a justiça de Deus.